O filósofo, radialista esportivo e escritor Ruy Carlos Ostermann dispensa apresentações. Um dos entusiastas da transformação do Hotel Majestic em Casa de Cultura, Ruy foi quem sugeriu que a nova instituição cultural ganhasse o nome de Mario Quintana. Ele presidiu a Associação dos Amigos da Casa de Cultura entre 1992 e 1993. Eis seu depoimento.

“Éramos muitos na pequena rua que separava os dois prédios e permitia travessias estreitas. Tudo estava repleto e, à volta do governador, estavam todos de fatiota, as moças ocupavam as travessas, todos sorriam e pareciam felizes.

A inauguração da Casa de Cultura Mario Quintana era uma festa que começava na Rua da Praia e se estendia por todas as dependências, e todos quase em silêncio para que se ouvissem os discursos e a banda da Brigada Militar.

O poeta homenageado estava de braços dados com jornalistas do Correio do Povo e sorria, mais do que ninguém sabia que a homenagem era dele, ali mesmo onde foi o último hóspede do Hotel Majestic, agora de salas, salões, teatros, cinemas, corredores, e aquele primeiro dia.

A Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana seria daquele dia em diante sempre uma referência, um ponto de encontro, um orgulho e cada vez mais distante daquele dia, também, uma história pessoal que era de um e de todos.”