Nicea Brasil, uma das pioneiras no trabalho voluntário da AACCMQ

0 comments

Nicea Brasil é uma das trabalhadoras de primeira hora pela transformação do velho prédio do Majestic em Casa de Cultura Mario Quintana. Uma das fundadoras da Associação dos Amigos, foi a primeira diretora cultural da casa e, recentemente, no governo Rigotto, dirigiu o Centro Cultural CEEE onde sua gestão marcou pelos eventos Jogos Literários Erico Verissimo e Mario Quintana que movimentaram a comunidade escolar de Porto Alegre. Eis seu depoimento sobre os 30 anos da AACCMQ de que ela participou ativamente, inclusive como presidente, desde que, com seus companheiros de “loucura” se instalou numa das salas do Majestic quase sem qualquer estrutura e que contava com poucos móveis, entre eles uma peça rara chamada “armário xerife” com porta de esteira vertical, que ainda faz parte do mobiliária da sala da AACCMQ.

“Não sei exatamente quando começou a minha ligação emocional com a Casa de Cultura Mario Quintana. Talvez tenha sido quando fui designada pelo Secretário de Cultura Jorge Appel,no governo de Pedro Simon, em 1987, para compor a comissão de recuperação e reciclagem da CCMQ. Talvez tenha sido quando conheci as pessoas que junto comigo formaram essa Comissão de Planejamento daquele ainda não um Centro Cultural como conhecemos hoje.

Sergio Napp, Flávio Kiefer, Joel Gorski, Vera Becker e eu . Todos sonhando e desenvolvendo o melhor de si para atingir o objetivo de tornar o antigo Hotel Majestic um centro cultural moderno e à altura da classe cultural gaúcha.

O certo porém, é que foi através de uma pessoa chamada Maria do Horto Martins de Martins que eu me dei conta da responsabilidade que envolve um compromisso com a entidade cultural da qual participamos. Foi ela quem me mostrou e demonstrou que amar significa participar, nos bons e maus momentos que, afinal, são inevitáveis.
Através dela me dei conta de que a participação comunitária é que faz com que uma ideia não morra, que uma ação se torne contínua, e seus propósitos não sejam desvirtuados. Trabalhei na Comissão e fui me deixando tomar pelo encanto daquilo que viria ser o melhor e maior espaço cultural desta cidade.

Tínhamos, naquele momento, a decisão do governo Simon de soltar as amarras para que a classe cultural gaúcha estabelecesse as suas exigências e necessidades. Tínhamos um punhado de servidores públicos vindos das mais diversas áreas e que sonhavam e realizavam esses sonhos, sem qualquer remuneraçao extra, e tínhamos alguns loucos sonhadores que sabiam da importância da participação extra-Casa. Aqueles que ousavam sonhar conosco. Eis aí a essência de uma Associação de Amigos.

Hoje esta Associação de Amigos completa 30anos. É jovem mas está e sempre esteve presente nos destinos da Casa de Cultura Mario Quintana. É ela quem vai em busca dos recursos para prover as atividades fins da Casa e muitas vezes até da atividade meio. São alguns loucos que se dispõem a doar parte de seus dias para fazer esta máquina funcionar sem qualquer remuneração. Faço parte dessa troupe. Uma vez apaixonado pela Casa não podemos dela prescindir, e é por isso que aqui estamos hoje celebrando estes 30 anos, que sugestivamente coincidem, em 30 de julho, com o aniversário do poeta que lhe dá nome.

Vida longa à Associação de Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana. Desta e todas as outras que suportam e aportam os escassos recursos que o poder público não pode alcançar na área da cultura.
Espero sinceramente que outros loucos se irmanem nesta caminhada . Que não é só nossa e que sobreviverá a nós, com certeza.”

SIGA-NOS!

ARTIGOS RECENTES

ÚLTIMOS TWEETS

Leia todos os tweets

Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana © 2015

Desenvolvido por Like id