
Está em andamento, desde junho, a cargo da Arquium – empresa especializada – a restauração mais importante da Casa de Cultura Mario Quintana desde que o prédio do antigo Hotel Majestic foi transformado na Casa de Cultura Mario Quintana.
Este restauro está sendo realizado via Lei de Incentivo à Cultura do MinC , com patrocínio do Banrisul, realização do Governo do Estado – Sedac – Casa de Cultura Mario Quintana e ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA.
O restauro do prédio do hotel Majestic começou em 1987, com a elaboração do projeto a cargo dos arquitetos Joel Gorski e Flávio Kiefer, junto com Carmen Nunes, Ceres Storchi, Pedro Paulo Fendt e Isabel Suertegaray e mais Eliana Santos, especialista em restauração de prédios históricos. Em 1990, a Casa de Cultura Mario Quintana abriu suas portas mantendo as fachadas e partes de sua estrutura interna preservadas mas com várias intervenções dos arquitetos, respeitando as normas do patrimônio público. Tudo foi possível com a ação constante da ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA, fundada seis anos antes da inauguração do importante centro cultural e que se dedica a manter a instituição atuante, apoiando suas diversas atividades e lhe repassando verbas de patrocínio, no caso do Banrisul.
O restauro está sendo realizado via Lei de Incentivo à Cultura do MinC , com patrocínio do Banrisul, realização do Governo do Estado – Sedac – Casa de Cultura Mario Quintana e ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA.
Kiefer, em sua página, conta sobre a proposta do trabalho de sua equipe: “A tarefa a empreender era muito clara – somente uma transformação radical no interior daquele prédio de longos e escuros corredores, onde se amontoavam centenas de pequenos cubículos, poderia fazê-lo uma casa de cultura digna de seu nome, digna de sua arquitetura e da expectativa que o meio cultural depositava em sua reforma. Prosseguir na política anterior, de ocupação dos quartos e pequenas maquiagens aqui e ali, nos levaria, na melhor das hipóteses, à formação de um grande pardieiro cultural, que ninguém queria.”
Foi a filosofia de atuação do Centro Cultural Três Rios, localizado em São Paulo, que serviu de modelo para os arquitetos, mas a ideia teve de ser revista e foi necessário, para discutir espaços de cultura, realizar um seminário internacional. Este encontro estudou o anteprojeto detalhado para a instituição e que envolvia atividades voltadas especificamente para crianças além dos espaços para cinema, literatura, música e teatro. O encontro foi realizado em março de 1988, e denominado 1º Encontro das Casas de Cultura do Cone Sul, com liderança de Sérgio Napp e Nicéa Brasil.
“Ficou sacramentado que aquele prédio abrigaria, depois de pronto, três teatros, dois cinemas, um pequeno centro de convenções culturais, uma biblioteca e sala de leitura (hemeroteca), oficinas de artes visuais, cênicas e de literatura, discoteca pública, estúdio de gravação, biblioteca infantil, ludoteca, artes infantis, galeria de arte, restaurante, cafés, livraria, acervo Mario Quintana, memorial Majestic e toda uma série de equipamentos que permitiriam a comunicação com outros centros, bibliotecas e assim por diante”, acrescenta Kiefer.
Em 3 de dezembro de 1982, o prédio do Majestic fora tombado, através da portaria número 10/82, pelo IPHAE (Instituto do Patrimônio Histórico do Estado), órgão da Secretaria de Estado da Cultura. Em 1989, o IPHAE fez ainda um trabalho de identificação de patologias e histórico do prédio que estão destacados nas plantas que exisbem também as intervenções dos arquitetos visando à inserção da obra nos tempos contemporâneos. Em 2002, foram realizadas novas obras de recuperação e restauração devido a infiltrações e problemas nos rebocos. Atualmente, ocorre a maior obra de restauro que o prédio já recebeu desde sua transformação física. Este projeto, bancado pelo Banrisul que se vale da Lei de Incentivo à Cultura do MinC, em mecenato, foi desenvolvido pela ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA que coordena todos os trabalhos. As fachadas das ruas dos Andradas e Sete de Setembro (por onde começou o restauro, em junho passado) terão recuperadas suas características originais no prazo de 1 ano e meio.
http://www.kiefer.com.br/artigos/28
http://www.ufrgs.br/propur/info/Mirian_Sartori_Rodrigues.pdf