Maria Beatriz Pereira, 25 anos secretariando a Associação dos Amigos

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Maria Beatriz Pereira é, desde 1990, secretária executiva da Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana. Ela faz um passeio pelas lembranças reunidas ao longo deste período neste depoimento emocionado para os 30 anos da Associação.

“Como tudo aconteceu…

Em junho de 1990, eu estava trabalhando na CORAG (Companhia Rio Grandense de Artes Gráficas) havia 3 anos, em regime de meio turno. Anteriormente, eu atuara em turno integral (por 10 anos) na Secretaria da Educação em turno integral e minha chefe tinha sido Miraci Alves Fraga, amiga da Nicea Brasil, então tesoureira da Associação dos Amigos da Casa de Cultura e futura diretora de programação da Casa que seria inaugurada em setembro. Miraci era também, na época, diretora da Biblioteca Lucilia Minssen da CCMQ. Ela e Nicea conversaram e, certamente Nicea falou que precisava de alguém para datilografar os convênios encaminhados pela Associação dos Amigos.

Miraci me ligou perguntando se eu queria realizar este trabalho, eu disse que sim e Nicea me contratou.

Nesta época, a AACCMQ ainda não tinha modelos, padrões de documentos, tudo teria de ser criado e testado para ver se daria certo. E foi assim que eu fui criando meu próprio sistema de gestão.

Recordo o dia da inauguração, aquele 25 de setembro de 1990, com centenas de pessoas visitando todas as dependências da CCMQ que exibia um equipamento moderno e uma programação cultural realmente digna do momento. A abertura foi marcada pela exibição da peça Orquestra de Senhoritas no Teatro Bruno Kiefer.

Após a abertura, ficou ainda mais claro que a Associação precisava manter o suporte de alguém que se dedicasse a cuidar da sua rotina administrativa e burocrática, pois havia necessidades imediatas a serem atendidas: os espaços comerciais, por exemplo, estavam, por lei, mediante termo de permissão de uso de bem público, sob a responsabilidade da nossa associação. A Casa de Cultura estava de portas abertas e seus teatros precisavam de funcionários qualificados. Mas o Estado não tinha em seu quadro iluminadores, bilheteiros etc. Coube à Associação contratar estes profissionais.

Até hoje, a Associação vem dando suporte à Casa, agilizando as compras e ajudando efetivamente a instituição que, se fosse esperar pelo Estado, não teria como contar com soluções ágeis para seu funcionamento, já que os processos públicos são demorados. Esta demora poderia até inviabilizar muitos dos processos que fazem parte desta engrenagem. Graças à Associação, isso não acontece.

Ao longo destes seus 30 anos de atuação, a Associação teve papel decisivo em duas obras de restauro. A mais recente, entre 2013 e 2014, envolveu todas as fachadas, foi patrocinada pelo Banrisul via lei Rouanet e proposta e administrada pela nossa Associação. No meu ponto de vista, agora se faz necessária uma modernização da parte interna do prédio, com instalação de móveis novos e de elevadores mais modernos já que os atuais estão seguidamente em manutenção por problemas já crônicos.

Em todo este período em que estou na Associação, trabalhando na parte da tarde, fiz muitos amigos, aprendi muito e venho contribuindo com os meus conhecimentos. Foi e é muito prazeroso trabalhar em um lugar em que todos os dias respiramos cultura, seja vendo exposições, filmes e peças de teatro, seja atuando no encaminhamento de documentos que se fazem necessários para viabilizar todas estas atividades.

Sempre que falo que trabalho na Associação da Casa de Cultura ouço alguém dizer que deve ser muito bom trabalhar em um lugar assim e eu respondo: SIM!” Guardo lembranças marcantes de pessoas especiais que fizeram e fazem parte da minha trajetória. Por isso, eu digo: “Obrigada por fazer parte desta instituição.”

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