O senador Pedro Simon foi um dos homenageados pela AACCMQ na comemoração dos seus 30 anos. Foi no governo dele que o prédio do Hotel Majestic ganhou a reforma que o tornou apto a abrigar a Casa de Cultura que tem o poeta Mario Quintana como patrono. Ele deu um depoimento afetivo saudando a associação que também foi registrada no período de seu governo.

“ Nosso querido poeta Mario Quintana não gostava de homenagens. No poema ‘Percalços da posteridade’ escreveu com bom humor que “o mais irritante em nos transformarem um dia em estátuas é que a gente não pode coçar-se”. O poeta, em poucas palavras cobertas com o manto da ironia, nos brinda com uma imensa sabedoria. Essa é a marca do artista a quem o grande Manuel Bandeira dedicou versos iluminados e plenos de admiração.

Faço dessa introdução uma verdadeira declaração de amor ao Mario Quintana, porque e sei que éo mesmo sentimento que sustenta esse prodígio de trabalho e afeto à cidade e aos rio-grandenses, que é a Associação de Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana (AACCMQ). Na história das organizações de apoio à instituições culturais, museus, centros de estudo e outras semelhantes, a nossa Associação de Amigos da Casa de Cultura Mário Quintana se constitui num caso raro: foi criada antes mesmo do surgimento do objeto de sua dedicação.

Desde as circunstancias de sua origem, portanto, a AACCMQ, que completa agora 30 anos, é digna de admiração. São três décadas de trabalho e empenho pelo enriquecimento cultural e artístico da coletividade. A partir de seu nascimento a entidade se constituiu num verdadeiro motor a impulsionar o poder público e a sociedade no projeto e instalação da Casa de Cultura Mario Quintana, cujo prédio foi aberto ao público em 1990.

Não foram poucos os desafios enfrentados para reformar o edificio do antigo Hotel Majestic e adaptar essa relíquia da história arquitetônica de Porto Alegre às exigências de um centro diversificado de produção e divulgação artística e cultural. Uma iniciativa concretizada mediante o apoio e a soma de esforços do governo e da iniciativa privada, num verdadeiro mutirão dinamizado por esses produtivos amigos da cultura.”