
José Antonio Dios Vieira da Cunha é um dos sócios-diretores da revista eletrônica Coletiva.net e colunista do Jornal do Comércio de Porto Alegre. Foi diretor do Coojornal, veículo criado por um grupo de profissionais da comunicação social em Porto Alegre na época do regime militar, atuou na Folha da Manhã, no Sindicato dos Jornalistas e foi presidente da Fundação Cultural Piratini.
Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana- Como tu vês o restauro da CCMQ?
João Antonio Dios Vieira da Cunha – É um belíssimo e oportuno resgate de um monumento cultural e histórico da cidade e do Estado. Lembro-me do orgulho generalizado que se viu quando da primeira restauração, lá pela década de 80. Foi quando literalmente ‘caiu a ficha’ da coletividade para a relevância de se preservar prédios e espaços que, cada um à sua maneira, resgatam momentos importantes de nossa história.
AACCMQ- O que falta para a CCMQ ser mais bem aproveitada?
JADVC – Mais atividades que atraiam crianças e jovens. São eles que asseguram nosso futuro e dão vitalidade e um sopro permanente de renovação a todos os espaços que frequentam.
AACCMQ – Qual tua sugestão para que o edifício seja mais cuidado e conservado?
JADVC – Não sei… Verbas adequadas previstas no orçamento da Secretaria da Cultura? Um quadro de pessoal vigilante e atento? Uma estrutura de manutenção em permanente funcionamento? Parcerias pontuais e longevas com apoiadores da área privada? Talvez um pouco de cada uma destas situações.
AACCMQ – De que maneira avalias o papel da Associação dos Amigos?
JADVC – Fundamental para o bom funcionamento e conservação da Casa de Cultura. Infelizmente, o passado recente nos mostra que o poder público tem se mostrado incapaz e incompetente para gerenciar espaços culturais como este, que acabam se sustentando graças a iniciativas como as realizadas por associações de amigos. No fundo, no fundo, eu gostaria que a Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana pudesse estar muito mais preocupada em ajudar a viabilizar eventos verdadeiramente culturais do que ter de se dedicar quase exclusivamente a assegurar a manutenção física do prédio. Mas enfim, como nem tudo é perfeito… Viva a Associação dos Amigos.
Maristela Bairros
Assessora de Imprensa
da Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana